Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 98
Filter
1.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e264922, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1529231

ABSTRACT

Resumo Este artigo propõe o estudo sobre o conceito de outro como semelhante e como objeto. Partindo de textos que interpelam a alteridade na psicanálise e remetendo aos temas do complexo semelhante, da satisfação, da perda, do luto, da negativa, da repetição; avalia o conceito de outro articulando textos de diversos autores. A partir da psicanálise freudiana, estuda o das Ding e a negação, discriminando com estes termos um objeto estruturante na origem do psiquismo. Aborda textos técnicos da psicanálise para delimitar o tema da repetição. Também a recordação e a repetição são vinculadas ao objeto e estudadas na perspectiva da filosofia moderna. São retomados temas do diálogo platônicos para definir o lugar do erótico e da amizade. No fim do presente artigo, propomos o termo clássico grego Oikos com valor equivalente ao da Coisa freudiana e como esta aparece em escritos psicanalíticos.


Abstract This article studies the concept of other as similar and object. It is based on texts that question the alterity in psychoanalysis and refers to the themes of otherness complex, loss, grief, negative, repetition, and evaluates the concept of other, using articles of diverse authors. Based on Freudian psychoanalysis, it studies the Thing and the denial and discriminates a structuring object in the origin of psychism. It approaches technical texts of psychoanalysis to delimitate the theme of repetition. The recordation and repetition are also linked to the object and studied from the perspective of modern philosophy. Themes of the platonic dialogues are resumed to define the place of the erotic and the friendship. In the end of the article, we propose the greek classic term Oikos, with equal value to the Freudian Thing, as this one appears in psychoanalytic writings.


Resumen Este artículo estudia el concepto Otro como semejante y como objeto. A partir de textos que interpelan la alteridad en psicoanálisis y que se refieren a temas del complejo semejante, de la satisfacción, de la pérdida, del duelo, de la negación, de la repetición, se evalúa el concepto de Otro articulando textos de diferentes autores. Basado en el psicoanálisis freudiano, se aborda Ding y la negación, discriminando con estos términos un objeto estructurante en el origen de lo psíquico. Se abordan textos técnicos del psicoanálisis para delimitar el tema de la repetición; el recuerdo y la repetición son vinculadas al objeto y estudiadas desde la perspectiva de la filosofía moderna; y se retoman temas de los diálogos platónicos para definir el lugar de lo erótico y la amistad. Al culminar este artículo se propone leer el término griego clásico Oikos con un valor equivalente al de la Cosa freudiana como aparece en los escritos psicoanalíticos.

2.
Psicol. Estud. (Online) ; 28: e50440, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1406370

ABSTRACT

RESUMO. O objetivo deste estudo teórico é problematizar a presença do cachorro Ulisses como alter ego de Clarice Lispector no livro infantil Quase de verdade (1978). Ulisses era também o cachorro da autora, mencionado por ela em diversas entrevistas e no livro Um sopro de vida (1999) em termos de sua humanidade, que o habilitaria a compreender Clarice de um modo particular e mais próximo, quase cúmplice. Essa humanidade se concretiza quando ele assume a narração em Quase de verdade, posicionando Clarice como sua intérprete. A relação com o bicho revela-se de modo simbiótico, recuperando tanto uma experiência mais instintiva da autora como permitindo a fruição das emoções presentes no animal, em um processo de complementaridade. Como vértices de um mesmo eu, discute-se em que medida Ulisses também funciona como um intérprete de Clarice, propondo a ela uma experiência concreta de viver que ultrapassaria a construção de uma inteligibilidade racional. A dimensão do viver, sensorial e corpóreo, desse modo, apresenta-se como superior à atividade compreensiva, aproximando Clarice do universo íntimo, básico e igualmente selvagem tão bem vivido e corporificado por Ulisses, capitaneado à posição de um alter ego puro capaz de ensiná-la a viver com a sua própria animalidade.


RESUMEN. El objetivo de este estudio teórico es problematizar la presencia del perro Ulisses como el alter ego de Clarice Lispector en el libro para niños Quase de verdade (1978). Ulisses también era el perro del autor, mencionado por ella en varias entrevistas y en el libro Um sopro de vida (1999) en términos de su humanidad, lo que le permitiría comprender a Clarice de una manera particular y más cercana, casi cómplice. Esta humanidad se materializa cuando asume la narración en Quase de verdade, posicionando a Clarice como su intérprete. La relación con el animal es simbiótica, recuperando una experiencia más instintiva del autor y permitiendo el disfrute de las emociones presentes en el animal, en un proceso de complementariedad. Como vértices del mismo yo, se discute en qué medida Ulisses también funciona como intérprete de Clarice, proponiéndole una experiencia concreta de vida que iría más allá de la construcción de la inteligibilidad racional. La dimensión de la vida sensorial y corpórea se presenta así como superior a la actividad integral, acercando a Clarice al universo íntimo, básico e igualmente salvaje tan bien vivido y encarnado por Ulisses, capitaneado por la posición de un alter ego puro capaz de enseñar ella para vivir con su propia animalidad.


ABSTRACT. The aim of this study is to problematize the presence of the dog Ulisses as alter ego of Clarice Lispector in the children's book Quase de verdade (1978). Ulisses was also the author's dog, mentioned by her in several interviews and in the book Um sopro de vida (1999) in terms of his humanity, that would enable him to understand Clarice in a particular and closer, almost accomplice way. This humanity materializes when he assumes the narration in Quase de verdade, positioning Clarice as his interpreter. The relationship with the animal is symbiotic, recovering a more instinctive experience of the author and allowing the enjoyment of emotions present in the animal, in a process of complementarity. As vertices of the same self, we discuss to what extent Ulisses also functions as an interpreter of Clarice, proposing to her a concrete experience of living that would go beyond the construction of rational intelligibility. The dimension of sensory and corporeal living thus presents itself as superior to comprehensive activity, bringing Clarice closer to the intimate, basic, and equally savage universe so well lived and embodied by Ulisses, captained by the position of a pure alter ego capable of teaching. her to live with her own animality.


Subject(s)
Authorship , Fictional Works as Topic , Animals , Psychology , Biographies as Topic , Books , Ego , Emotions/physiology
3.
Interaçao psicol ; 26(3): 364-374, ago.-dez. 2022.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1512619

ABSTRACT

O artigo discorre sobre o tema da alteridade em psicanálise definido como um tipo de diferença absoluta, lugar da causa, da exceção, do impossível de ser simbolizado que orienta todo ato de fala. Freud o situou a partir do estado original humano de desamparo; Lacan, através da linguagem. A alteridade é apresentada em três modalidades: imaginária, simbólica e real. Na imaginária, é encontrada no que não adquire imagem na relação especular; na simbólica, na própria Ordem Simbólica, incapaz de tudo nomear; na real, comparece como o que insiste sempre como obstáculo à simbolização. A modernidade produziu um sujeito prisioneiro do sentimento inconsciente de culpa em decorrência do recalque da dívida simbólica com o Outro. A contemporaneidade é fruto de importantes modificações na estrutura discursiva que fazem obstáculo à supremacia do recalque como tratamento da economia libidinal. Isso não produz necessariamente a psicose. Freud situou a neurose como o negativo da perversão.


The article discusses the theme of alterity in psychoanalysis defined as a type of absolute difference, place of the cause, of the exception, of the impossible to be symbolized that guides every speech act. Freud placed it from the original human state of helplessness; Lacan, through language. Alterity is presented in three modalities: imaginary, symbolic and real. In the imaginary, it is found in what doesn't acquire an image in the specular relation; in the symbolic, in the Symbolic Order itself, unable to name everything; in real mode, he appears as the one who always insists as an obstacle to symbolization. Modernity produced a subject prisoner of the unconscious feeling of guilt due to the repression of the symbolic debt to the Other. Contemporaneity is the result of important changes in the discursive structure that hinder the supremacy of repression as a treatment of the libidinal economy. This does not necessarily produce psychosis, not least because Freud placed neurosis as the negative of perversion.

4.
Memorandum ; 39: 1-15, 20220127.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1410547

ABSTRACT

O trabalho propõe uma reflexão sobre o lugar da alteridade e da dimensão do laço social articulados à expressão da subjetividade. Para tanto, partimos da análise da amizade entre Freud e o psicanalista e pastor Pfister que, ao longo de décadas, sustentaram uma relação de amizade significativa, sem renunciarem aos fundamentos e pressupostos que eram caros a cada um, preservando, dessa forma, suas diferenças nessa relação, tal como acompanharemos em alguns trechos das correspondências trocadas entre os autores. A alteridade é representada também pelo debate entre ciência e religião no diálogo entre os teóricos. Utilizamos alguns fundamentos da psicanálise freudiana para construir nossa reflexão, a saber, a onipotência, o lugar da alteridade, o laço social, a idealização, a ilusão e a direção do tratamento analítico. A abertura à alteridade, fundamento da clínica psicanalítica, parece fundamental para uma experiência subjetiva significativa que, nesse sentido, mantém estreita conexão com âmbito da coletividade.


This paper proposes a reflection on the place of alterity and the dimension of the social bond articulated with the expression of subjectivity. To do so, the starting point was the analysis of the friendship between Freud and the psychoanalyst and pastor Pfister, who, for decades, maintained a meaningful relationship, without renouncing the fundamentals and assumptions that were dear to each one, thus preserving their differences. In this relationship, as we will see in some excerpts of the correspondence exchanged between the authors, alterity is also represented by the debate between science and religion. Freudian psychoanalysis fundamentals were used to build this reflection, namely, omnipotence, the place of alterity, the social bond, the idealization, the illusion, and the direction of the analytical treatment. Openness to alterity, the foundation of psychoanalytic clinic, seems fundamental to a significant subjective experience that, in this sense, maintains a close connection with the scope of the collectivity.


Subject(s)
Psychoanalysis , Religion , Friends
5.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1394499

ABSTRACT

Resumo A Ludoterapia humanista de Axline postula que as vivências terapêuticas se dão através do brincar. Este artigo buscou refletir possíveis lacunas éticas e o lugar da alteridade na relação ludoterapêutica, a partir do filósofo Emmanuel Lévinas. A alteridade em Lévinas exige sensibilidade que se afeta com a diferença e remete à escuta ética. Encontrar a criança em atendimento é lidar com uma alteridade absoluta, em uma comunicação lúdica. Conclui-se que o ludoterapeuta precisa ir em direção à criança, por vias de afetação e responsabilidade. Ademais, embora existam desencontros entre a LCC e a ética levinasiana, postula-se que há caminhos de aproximação no acolhimento oferecido e na consideração da criança enquanto pessoa, ativa em seu processo terapêutico.


Abstract Axline's Humanist Playtherapy postulates that the therapeutic experiences are given through play. This article sought to reflect possible ethical gaps and the place of alterity in the playterapeutic relationship, from the philosopher Emmanuel Lévinas. The otherness in Lévinas requires sensitivity that affects difference and refers to ethical listening. Meeting the child in session is to deal with an absolute otherness, in a ludic communication. It is concluded that the therapist must go towards the child, through affectation and responsibility. In addition, although there are disagreements between the LCC and the Levinasian ethics, it is postulated that there are ways of approach in the reception offered and in the consideration of the child as a person, active in its therapeutic process.

6.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1359409

ABSTRACT

ABSTRACT: Objective: To investigate how women experienced perineal trauma during a humanized birth.Methods: A qualitative study with 22 postpartum women was performed from January to December 2018. The Husserlian phenomenology was used as theoretical framework using individual, in-depth interviews that were audio-taped and transcribed verbatim. Results: Twenty-four categories emerged from women ́s reports. During the prenatal phase, we found lack of information regarding perineal trauma, the alterity as a facilitating process to incentive women towards vaginal delivery and the perception of the beginning of an existential transition. During labor, it was noticed trust and attachment with the health professional giving physical and emotional support, the fear of the unknown linking to insecurity, the need for internal surrender to the process, empowerment as a result of trust and commitment, to give herself to the moment and no concerns with intrapartum injury but at the same time, having the possibility to share a decision-making process of suturing(or not). The postpartum period has shown the completion of the existential transition, the body as a place of estrangement, the loosening of some ties, but the construction of new networks of personal support to overcome postpartum. Conclusions: Most of women after humanized birth perceived perineal trauma as an existential transition that was initiated during antenatal period. (AU)


RESUMO: Objetivos: Investigar como as mulheres experienciaram o trauma perineal durante um parto humanizado. Métodos: Um estudo qualitativo com 22 mulheres pós-parto foi realizado de janeiro a dezembro 2018. A fenomenologia Husserliana foi usada como referencial teórico usando entrevistas individuais que foram audiogravadas e transcritas verbatim. Resultados: Vinte e quatro categorias emergiram durante os relatos. Durante o período pré-natal, a falta de informação sobre o trauma perineal, a alteridade como processo facilitador para incentivar as mulheres em direção ao parto vaginal e a percepção do começo de uma transição existencial. Durante o parto, a confiança e ligação com o(a) profissional de saúde com suporte físico e emocional, o medo do desconhecido e a insegurança, a necessidade de se entregar ao processo, o empoderamento como resultado de confiança e comprometimento, e o processo de tomada de decisão compartilhada da sutura (ou não). O período pós-parto mostra a completude da transição existencial, o corpo como local de estranhamento, o afrouxamento de alguns laços, mas a construção de novas redes de suporte pessoal para superar esse período. Conclusão: A maior parte das mulheres depois do parto humanizado percebe o trauma perineal como uma transição existencial que fora iniciada durante o período antenatal. (AU)


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Prenatal Care , Humanizing Delivery , Postpartum Period , Obstetric Labor Complications
7.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 26(2): 199-207, maio-ago. 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1101463

ABSTRACT

Este texto tem por objetivo refletir sobre a pesquisa fenomenológica a partir da questão da ética. Parte-se da ideia de que, na investigação do humano, a ética antecede a epistemologia e que, portanto, caberia a qualquer conhecimento desse campo questionar-se a respeito do lugar daquilo que é expurgado pelo método científico. Aponta-se que tal problema se coloca, inclusive, para pesquisas fenomenologicamente orientadas, visto que muitas delas pensam muito a questão da unidade e refletem pouco a respeito do lugar da diferença que essa unidade pode conter. Entende-se que o conceito de intencionalidade, que reúne diversas perspectivas fenomenológicas, como as de Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty e Gadamer, traz em si questões que envolvem a relação entre universal e particular, bem como nuances éticas, porém não há uma descrição operacional de como essas questões se tornam concretas na investigação empírica. Como solução para esse problema, aponta-se o que se chamou de solução pragmático-ética, de modo que o pesquisador explique mais clara e operacionalmente como os princípios fenomenológicos incidem sobre a pesquisa (dimensão pragmática), bem como evidencie a dimensão histórico-relacional a partir da qual ele produz saber. Assim, acredita-se, restam preservadas a historicidade e a provisoriedade contidas na construção do conhecimento.


This paper aims to make a reflection about phenomenological research from the matter of ethics. The start point is the idea of that, in the investigation of human, ethics comes before epistemology and that, therefore, it would concer to any knowledge of this field to make questions about the place of what is purged by scientific method. It is pointed that such problem happens even with phenomenologically oriented researches, once that often many of them think about the problem of unity, but seldom think about the place of the difference that this unity may contain. It is understood that the concept of intentionality, that put together several phenomenological perspectives, such as Husserl's, Heidegger's, Merleau-Ponty's and Gadamer's, brings on itself questions that wrap the relationship between universal and particular, as well as ethical nuances, but there is not an operational description of how these questions become concrete in empirical research. As a solution to this problem, it is suggested a pragmatic-ethical solution, so that researcher must explain more clearly and operationally how phenomenological principles affect the research (pragmatic dimension), as well as it is also suggested that he must evidence the historical-relational dimension from wich he produces knowledge. Therefore, it is believed, it keeps preserved historicity and temporariness contained in the construction of knowledge.


Este artículo tiene por objetivo reflexionar sobre la investigación fenomenológica a partir de la cuestión de la ética. Se parte de la idea de que, en la investigación de lo humano, la ética antecede a la epistemología y que, por lo tanto, cabría a cualquier conocimiento de ese campo cuestionarse acerca del lugar de aquello que es expurgado por el método científico. Se apunta que tal problema se pone, incluso, para investigaciones fenomenológicamente manejadas, ya que muchas de ellas plantean en demasiado la cuestión de la unidad y reflejan poco acerca del lugar de la diferencia que esa unidad puede contener. Se entiende que el concepto de intencionalidad, que reúne diversas perspectivas fenomenológicas, como las de Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty y Gadamer, trae en sí cuestiones que involucran la relación entre universal y particular, así como matices éticos, sin embargo no hay una descripción operacional de cómo estas cuestiones se vuelven concretas en la investigación empírica. Como solución para este problema, se apunta lo que se llamó de solución pragmática y ética, de modo que el investigador pueda aclarar operacionalmente como los principios fenomenológicos inciden en la investigación (dimensión pragmática), así como evidencie la dimensión histórico-relacional a partir de la cual él produce saber. Así, se cree, quedan preservadas la historicidad y la provisoriedad contenidas en la construcción del conocimiento.


Subject(s)
Psychological Theory , Ethics, Research , Hermeneutics
8.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 19(4): 915-926, mar. 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1096972

ABSTRACT

Em tempos de incerteza, temos vivenciado a ineficiência do acúmulo de conhecimento técnico-científico na criação de um mundo mais satisfatório e equânime. As injustiças, as violências e os adoecimentos têm sido porta-vozes da crise humanitária que atravessamos, onde a vida tem se revelado tentativa de sobrevivência para uma maioria de pessoas, nos mais diferentes lugares. Diante da hegemonia de um tipo de saber dominante, que visa previsibilidade e controle, experiências de alteridade tendem a ser suprimidas e desqualificadas. A Gestalt-Terapia, nascida em berço existencial-fenomenológico, nos resgata a importância de um olhar que vai ao encontro do outro com abertura e coragem, acolhendo a diversidade e valorizando a força das experiências vividas. O cuidado se revela como atitude necessária de inquietação e desvelo, favorecendo a capacidade de confiar na gratuidade e na beleza dos encontros como fonte de aprendizado, experiência e conhecimento. O não-saber a priori acaba por revelar-se fonte potente de descoberta e criação de novas realidades. (AU)


In times of uncertainty, we have experienced the inefficiency of the accumulation of technical-scientific knowledge in the creation of a more satisfactory and equitable world. Injustices, violence and illness have been spokespersons for the humanitarian crisis we are going through, where life has proved to be an attempt at survival for a vast majority of people, in the most different places. Faced with the hegemony of a dominant type of knowledge, which aims at predictability and control, experiences of otherness tend to be suppressed and disqualified. Gestalt-Therapy, born in an existential-phenomenological cradle, rescues us from the importance of a look that meets the other with openness and courage, welcoming diversity and valuing the strength of lived experiences. Care is revealed as a necessary attitude of restlessness and concern, favoring the ability to trust in the gratuitousness and beauty of encounters as a source of learning, experience and knowledge. Not knowing a priori turns out to be a powerful source of discovery and creation of new realities. (AU)


En tiempos de incertidumbre, hemos experimentado la ineficiencia de la acumulación de conocimientos técnico-científicos en la creación de un mundo más satisfactorio y equitativo. Las injusticias, la violencia y la enfermedad han sido los portavoces de la crisis humanitaria por la que estamos pasando, donde la vida se ha revelado ser un intento de supervivencia para una gran mayoría de personas, en los más diversos lugares. Frente a la hegemonía de un tipo de conocimiento dominante, que busca la previsibilidad y el control, las experiencias de alteridad tienden a ser suprimidas y descalificadas. La Terapia Gestalt, nacida en una cuna existencial-fenomenológica, nos rescata de la importancia de una mirada que encuentra al otro con apertura y coraje, acogiendo la diversidad y valorando la fuerza de las experiencias vividas. El cuidado se revela como una actitud necesaria de inquietud y preocupación, favoreciendo la capacidad de confiar en la gratuidad y belleza de los encuentros como fuente de aprendizaje, experiencia y conocimiento. El no saber a priori resulta ser una poderosa fuente de descubrimiento y creación de nuevas realidades. (AU)


Subject(s)
Gestalt Therapy , Knowledge , Empathy
9.
Junguiana ; 37(2): 13-22, jul.-dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1056682

ABSTRACT

Baseando-se na Teoria Arquetípica da História, de Carlos Byington, a autora aborda alguns momentos e movimentos do Self cultural do Ocidente, procurando mostrar as expressões normais e sombrias das dinâmicas entre os arquétipos patriarcal e matriarcal. A autora reflete também sobre a manifestação do arquétipo da alteridade em nossos dias, exemplificando pelo avanço tecnológico a presença da criatividade e da sombra deste arquétipo.


Based on Carlos Byington's Archetypal Theory of History, the author presents particular moments and movements of the Western cultural Self, seeking to show the normal and dark expressions of the dynamics between the patriarchal and matriarchal archetypes. The author also highlights the use of technology as an example of how the alterity archetype manifests its creative and defensive aspects nowadays.


Basándose en la Teoría Arquetípica de la Historia de Carlos Byington, la autora analiza algunos momentos y movimientos del Self cultural de occidente, buscando mostrar las expresiones normales y sombrías de las dinámicas entre los arquetipos patriarcales y matriarcales. La autora también reflexiona sobre la manifestación del arquetipo de la alteridad en nuestros días, ejemplificando por el avance tecnológico la presencia de la creatividad y de la sombra de este arquetipo.

10.
Junguiana ; 37(2): 67-74, jul.-dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1056687

ABSTRACT

Este texto apresenta 27 pontos em que a Psicologia Simbólica Junguiana difere da Psicologia Analítica. Esta descrição tem um caráter didático e objetiva facilitar a compreensão das modificações introduzidas pela Psicologia Simbólica Junguiana na Psicologia Analítica. O autor ressalta que considera suas formulações um desenvolvimento da Psicologia Analítica e que estão em consonância com a criatividade e o espírito científico de Jung.


This article presents twenty seven aspects in which Jungian Symbolic Psychology differs from Analytical Psychology. This description has a didactic character and aims to facilitate the understanding of the modifications introduced in Analytical Psychology by Jungian Symbolic Psychology. The author stresses considering his formulations a development of Analytical Psychology, harmonic with Jung's creativity and scientific spirit.


Este texto presenta veintisiete puntos en los que la Psicología Simbólica Junguiana difiere de la Psicología Analítica. Esta descripción tiene un carácter didáctico y objetivo para facilitar la comprensión de las modificaciones introducidas por la Psicología Simbólica Junguiana en Psicología Analítica. El autor señala que considera que sus formulaciones son un desarrollo de la Psicología Analítica y que están en línea con la creatividad y el espíritu científico de Jung.

11.
Psicol. ciênc. prof ; 39(3,n.esp): 62-74, dez. 2019-maio 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1096845

ABSTRACT

Freud debruçou-se, ao longo de toda sua incansável produção teórica, sobre a complexidade da sexualidade humana e seus desdobramentos. A partir da experiência da fundação do "Laboratório de Sexualidade, Gênero e Psicanálise" no Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) ­ Serviço-Escola do Curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) ­ pretende-se, neste artigo produzir tensionamentos teóricos a respeito dos paradigmas metapsicológicos que, por muito tempo, sustentaram o pensamento psicanalítico. Revela-se o grande impacto do reconhecimento da falta teórica e técnica da Psicanálise, que sustentada historicamente por uma lógica binaria e cis-heteronormativa, não pôde dar conta de compreender as múltiplas formas de exercício da sexualidade. Por outro lado, entende-se que a (re)construção de normas faz da Psicanálise um instrumento vigoroso na escuta de modos de sexualidade e produção de subjetividades. Apoiado em constructos fundamentais, este trabalho propõe-se seguir com a sustentação metapsicológica da alteridade como acesso ao estatuto das diferenças nas relações do Eu e com os outros...(AU)


Throughout his tireless theoretical production, Freud looked at the complexity of human sexuality and its development. From the experience of founding the "Laboratório de Sexualidade, Gênero e Psicanálise" at the Psychological Care and Research Service at the Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) ­ this essay is intended to produce theoretical tensions regarding the metapsychological paradigms that for a long time sustained psychoanalytic thought. It reveals the great impact of the recognition of the psychoanalysis theoretical and technical lack, which, historically supported by a binary and cis-heteronormative logic, could not account for understanding the multiple forms of the exercise of sexuality. On the other hand, it is understood that the (re)construction of norms makes Psychoanalysis a powerful instrument in listening to modes of sexuality and production of subjectivities. Based on fundamental constructs, it is proposed to follow with the metapsychological support of alterity as access to the status of differences in self-relationships and with others...(AU)


Freud se inclinó, a lo largo de toda su incansable producción teórica, sobre la complejidad de la sexualidad humana y sus desdoblamientos. A partir de la experiencia de la fundación del "Laboratorio de Sexualidad, Género y Psicoanálisis" en el Servicio de Atención e Investigación en Psicología (SAPP) ­ Servicio-Escuela del Grado en Psicología de la Pontificia Universidad Católica del Rio Grande do Sul (PUCRS) ­ en este artículo se busca producir tensiones teóricas respecto de los paradigmas metapsicológicos que, por mucho tiempo, sostuvieron el pensamiento psicoanalítico. Se revela el gran impacto del reconocimiento de la falta teórica y técnica del Psicoanálisis, que sostenida históricamente por una lógica binaria y cisheteronormativa, no pudo contemplar la comprensión de las múltiples formas de ejercicio de la sexualidad. Por otro lado, se entiende que la (re)construcción de normas hace del Psicoanálisis un instrumento vigoroso en la escucha de modos de sexualidad y producción de subjetividades. Apoyado en constructos fundamentales, este trabajo se propone seguir con la sustentación metapsicológica de la alteridad como acceso al estatuto de las diferencias en las relaciones del Yo y con los demás...(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychoanalysis , Sexuality , Gender Diversity , Gender Binarism , Psychology , Thinking , Respect , Gender Identity
12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(11): 4275-4284, nov. 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1039512

ABSTRACT

Resumo Na velhice, o corpo doente torna-se estranho e revela uma consciência de alteridade. Este artigo busca investigar como o estranhamento corporal do velho o mobiliza como sujeito, produzindo os endereçamentos de ações próprias na experiência da doença e nas práticas da saúde coletiva. A pesquisa, desenvolvida na abordagem qualitativa de cunho antropológico, fundamenta-se nos pressupostos da etnografia. Foram realizadas entrevistas individuais com roteiro semiestruturado em universo de 57 idosos. A metodologia de Signos, Significados e Ações orientou a coleta e análise dos dados possibilitando a investigação das representações e comportamentos concretos associados à alteridade do corpo. Observou-se o sentido da produção de alteridade em relação a duas categorias analíticas associadas ao envelhecimento e à doença. Nota-se uma cisão entre o corpo ativo da memória e outro vivido com limitações no presente, repercutindo no enfrentamento do autocuidado e adesão ao tratamento. O corpo do velho é herdeiro de uma imagem corporal que se remodela sem cessar, destituindo a pessoa idosa do seu lugar de sujeito contemporâneo de si mesmo, enquanto se torna outrem.


Abstract In old age, the ailing patient's body becomes estranged and reveals an awareness of alterity. This paper investigates how the body of the elderly addresses the estrangement as a subject, producing its own actions in the experience of disease and practice of public health. The research, developed using the qualitative approach of an anthropological nature, is based on the assumptions of ethnography. Individual interviews with a semi-structured script in the universe of 57 elderly people were conducted. The methodology of Signs, Meanings and Actions oriented the data collection and analysis enabling the investigation of representations and concrete behaviors associated with the otherness of the body. There was the sense of production of otherness in relation to two analytical categories associated with aging and disease. A split between the active body of the memory and another experienced with limitations in the present is detected, reflecting the confrontation of self-care and adherence to treatment. The body of the elderly individual is heir to a body image that remodels constantly, depriving the elderly of their place as contemporary owners of their bodies, as they become other persons.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Pain/psychology , Body Image/psychology , Aging/psychology , Self Care/psychology , Public Health , Interviews as Topic , Patient Compliance/psychology , Middle Aged
13.
Rev. bras. psicanál ; 53(3): 59-74, jul.-set. 2019. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1288836

ABSTRACT

Neste ensaio discutimos a concepção de linguagem de sobrevivência para designar o modo de comunicação singular e solitário que uma pessoa produz para dar conta de turbulências emocionais vividas em estado de desamparo. Partimos de uma discussão sobre os limites da linguagem como fenômeno paradoxalmente impessoal e interpessoal, que introduz no campo analítico uma dialética fundamental para engendrar com cada analisando uma linguagem de reconhecimento capaz de veicular a intimidade da experiência. Para isso, propomos um diálogo com textos de Christopher Bollas, Pérsio Nogueira e Thomas Ogden acerca das possibilidades da comunicação analítica nos limites próprios das formulações verbais.


In this essay we discuss the conception of a language of survival to designate a singular and solitary mode of communication that a person produces to cope with emotional turmoil experienced in a state of helplessness. We begin by discussing the limits of language as a paradoxically impersonal and interpersonal phenomenon that calls for a fundamental dialectic in the analytic field for the engendering of a language of recognition capable of conveying the intimacy of experience with each analysand. We propose a dialogue with the works of Christopher Bollas, Pérsio Nogueira and Thomas Ogden on the possibilities of analytical communication within the limits inherent to formulation in verbal language.


En este ensayo discutimos la concepción de un lenguaje de supervivencia para designar un modo de comunicación singular y solitario que una persona produce para hacer frente a la agitación emocional experimentada en estado de impotencia. Partimos de una discusión sobre los límites del lenguaje como fenómeno paradójicamente impersonal e interpersonal que introduce en el campo analítico una dialéctica fundamental para engendrar con cada paciente un lenguaje de reconocimiento capaz de transmitir la intimidad de la experiencia. Proponemos un diálogo con las obras de Christopher Bollas, Pérsio Nogueira y Thomas Ogden sobre las posibilidades de comunicación analítica dentro de los límites inherentes a la formulación en lenguaje verbal.


Dans cet essai, nous discutons la conception d'un langage de survie pour désigner la manière de communication singulière et solitaire qu'une personne produit pour faire face aux troubles émotionnels vécus dans un état d'abandon. Nous commençons par une discussion sur les limites du langage, en tant que phénomène paradoxalement impersonnel et interpersonnel, lequel introduit dans le champ analytique une dialectique fondamentale, à fin d'engendrer un langage de reconnaissance capable de transmettre l'intimité de l'expérience à chaque analysant. A cet effet, nous proposons un dialogue avec les travaux de Christopher Bollas, Pérsio Nogueira et Thomas Ogden sur les possibilités de la communication analytique dans les limites inhérentes à la formulation en langage verbal.

14.
Acta méd. colomb ; 44(3): 25-29, July-Sept. 2019.
Article in English | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1098022

ABSTRACT

Abstract The use of literature and cinema to teach human values to medical students creates very important conceptual elements in the academic framework of medical humanities. Literary and film narratives allow students to generate an ethical, historical and epistemological reflection on the perspectives of medical practice and the doctor-patient relationship. In addition, it fosters in the students manifestations of solidarity, empathy and recognition of the human suffering of the sick. This article shows different thematic orientations and specific works that can help create and develop undergraduate courses in medical curricula. (Acta Med Colomb 2019; 44. DOI: https://doi.org/10.36104/amc.2019.1274).


Resumen La utilización de la literatura y el cine para la enseñanza de valores humanistas a los estudiantes de medicina crea elementos conceptuales de gran importancia en el marco académico de las humanidades médicas. Las narrativas literarias y cinematográficas permiten generar en los alumnos una reflexión ética, histórica y epistemológica ante las perspectivas de la práctica médica y la relación médico-paciente. Además, estimula en ellos las manifestaciones de solidaridad, empatía y reconocimiento del sufrimiento humano de los enfermos. En este artículo se muestran distintas orientaciones temáticas y obras específicas que pueden servir a la creación y desarrollo de cursos de pregrado en los currículos de medicina. (Acta Med Colomb 2019; 44. DOI: https://doi.org/10.36104/amc.2019.1274).


Subject(s)
Literature , Teaching , Ethics , Medicine , Motion Pictures
15.
Psicol. ciênc. prof ; 39(spe): 147-158, jan./ Mar.2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1016743

ABSTRACT

O artigo aborda práticas do serviço Rede de Atenção à Pessoa Indígena ­ vinculado ao Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo ­, no período de 2015 a 2017, visando discutir os impactos de mudanças nos procedimentos de visitas às comunidades para a formação do psicólogo. A exposição do corpo do psicólogo em formação a contextos ritualizados segundo padrões distintos de sua cultura de origem faz emergir inquietações e angústias que caracterizam o modo de relação com a alteridade. Como ferramentas para elaboração desse modo de relação, os Guarani das comunidades visitadas nos propõem diálogos em que a prioridade é o estabelecimento de uma sintonia adequada com a sintonia do outro, preliminar à discussão e encaminhamento de projetos que abordam temas difíceis relativos a situações de vulnerabilidade psicossociais que as comunidades enfrentam....(AU)


The article deals with the practices of the Amerindian Support Network ­ linked to the Department of Experimental Psychology of the Institute of Psychology of the University of São Paulo ­ in the period from 2015 to 2017, aiming at discussing the impacts of changes in procedures for visiting the communities for training psychology students. The exposure of the body of the psychologist in training to ritualized contexts from different cultural patterns, in contrast to the students' original culture, gives rise to unease and disquieting feelings that characterize the relationship with alterity. As tools for the elaboration of this mode of relation, the Guarani from the communities we visited proposed to us dialogues in which the priority was to establish an adequate attunement to the attunement of the other. This attunement is apreliminary condition to discuss and forward projects that deals with challenging issues related to situations of psychosocial vulnerabilities the focused communities face....(AU)


El artículo aborda prácticas del servicio Red de Atención a la Persona Indígena ­ vinculado al Departamento de Psicología Experimental del Instituto de Psicología de la Universidad de São Paulo ­ en el período de 2015 a 2017, con el objetivo de discutir los impactos de cambios en los procedimientos de visitas a las comunidades para la formación del psicólogo. La exposición del cuerpo del psicólogo en formación a contextos ritualizados según patrones distintos de su cultura de origen hace emerger inquietudes y angustias que caracterizan el modo de relación con la alteridad. Como guías de elaboración de este modo de relación, los guaraníes de las comunidades visitadas nos proponen diálogos en los que la prioridad es el establecimiento de una sintonía adecuada con la sintonía del otro, preliminar a la discusión y encaminamiento de proyectos que abordan temas difíciles relativos a situaciones de vulnerabilidad psicosociales que las comunidades enfrentan....(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Psychology , Psychology, Experimental
16.
Psicol. ciênc. prof ; 39(spe3): e228536, 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1135830

ABSTRACT

Freud debruçou-se, ao longo de toda sua incansável produção teórica, sobre a complexidade da sexualidade humana e seus desdobramentos. A partir da experiência da fundação do "Laboratório de Sexualidade, Gênero e Psicanálise" no Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) - Serviço-Escola do Curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) - pretende-se, neste artigo produzir tensionamentos teóricos a respeito dos paradigmas metapsicológicos que, por muito tempo, sustentaram o pensamento psicanalítico. Revela-se o grande impacto do reconhecimento da falta teórica e técnica da Psicanálise, que sustentada historicamente por uma lógica binaria e cis-heteronormativa, não pôde dar conta de compreender as múltiplas formas de exercício da sexualidade. Por outro lado, entende-se que a (re)construção de normas faz da Psicanálise um instrumento vigoroso na escuta de modos de sexualidade e produção de subjetividades. Apoiado em constructos fundamentais, este trabalho propõe-se seguir com a sustentação metapsicológica da alteridade como acesso ao estatuto das diferenças nas relações do Eu e com os outros.


Throughout his tireless theoretical production, Freud looked at the complexity of human sexuality and its development. From the experience of founding the "Laboratório de Sexualidade, Gênero e Psicanálise" at the Psychological Care and Research Service at the Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) - this essay is intended to produce theoretical tensions regarding the metapsychological paradigms that for a long time sustained psychoanalytic thought. It reveals the great impact of the recognition of the psychoanalysis theoretical and technical lack, which, historically supported by a binary and cis-heteronormative logic, could not account for understanding the multiple forms of the exercise of sexuality. On the other hand, it is understood that the (re)construction of norms makes Psychoanalysis a powerful instrument in listening to modes of sexuality and production of subjectivities. Based on fundamental constructs, it is proposed to follow with the metapsychological support of alterity as access to the status of differences in self-relationships and with others.


Freud se inclinó, a lo largo de toda su incansable producción teórica, sobre la complejidad de la sexualidad humana y sus desdoblamientos. A partir de la experiencia de la fundación del "Laboratorio de Sexualidad, Género y Psicoanálisis" en el Servicio de Atención e Investigación en Psicología (SAPP) - Servicio-Escuela del Grado en Psicología de la Pontificia Universidad Católica del Rio Grande do Sul (PUCRS) - en este artículo se busca producir tensiones teóricas respecto de los paradigmas metapsicológicos que, por mucho tiempo, sostuvieron el pensamiento psicoanalítico. Se revela el gran impacto del reconocimiento de la falta teórica y técnica del Psicoanálisis, que sostenida históricamente por una lógica binaria y cisheteronormativa, no pudo contemplar la comprensión de las múltiples formas de ejercicio de la sexualidad. Por otro lado, se entiende que la (re)construcción de normas hace del Psicoanálisis un instrumento vigoroso en la escucha de modos de sexualidad y producción de subjetividades. Apoyado en constructos fundamentales, este trabajo se propone seguir con la sustentación metapsicológica de la alteridad como acceso al estatuto de las diferencias en las relaciones del Yo y con los demás.

17.
Psicol. USP ; 30: e180133, 2019.
Article in Portuguese | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1002843

ABSTRACT

Resumo O artigo põe em questão uma afirmação de Jung de que a ética se resumiria na relação entre homem e Deus. Tomando-a como problema, busca uma articulação entre os conceitos junguianos para uma resposta do que se entende por ética nessa perspectiva. Esboçamos um percurso que passa pelos problemas dos opostos morais, pelo confronto com a sombra e, por fim, abordamos a questão que inicia a pesquisa. Ao final, argumentamos que tal relação aduzida por Jung é, em termos psicológicos, a relação entre o eu e o si-mesmo. A ética seria nesse sistema uma resposta a uma outra voz suprarracional, "a voz de Deus", que, para além da pura estética da imagem, conjuga consciente e inconsciente; demanda a totalidade da personalidade.


Résumé L'article remet en question l'affirmation de Jung selon laquelle l'éthique serait résumée dans la relation entre l'homme et Dieu. Prenant cela comme un problème, il cherche une articulation entre les concepts jungiens pour une réponse de ce que l'on entend par éthique dans cette perspective. Nous décrivons un parcours qui passe par les problèmes d'opposés moraux, la confrontation avec l'ombre, et enfin, nous abordons la question qui lance la recherche. En fin de compte, nous affirmons qu'une relation telle que Jung est, en termes psychologiques, la relation entre le soi et le soi. L'éthique serait dans ce système une réponse à une autre voix supra-rationnelle, "la voix de Dieu", qui, au-delà de la pure esthétique de l'image, se combine consciemment et inconsciemment; demande toute la personnalité.


Resumen El artículo pone en cuestión una afirmación de Jung de que la ética se resumiría en la relación entre hombre y Dios. Tomándola como problema, busca una articulación entre los conceptos junguianos para una respuesta de lo que se entiende por ética en esa perspectiva. Esbozamos un recorrido que pasa por los problemas de los opuestos morales, por el enfrentamiento con la sombra y, por fin, abordamos la cuestión que inicia la investigación. Al final, argumentamos que tal relación planteada por Jung es, en términos psicológicos, la relación entre el yo y el sí mismo. La ética sería en ese sistema una respuesta a otra voz, suprarracional, "la voz de Dios", que más allá de la pura estética de la imagen, conjuga consciente e inconsciente; demanda la totalidad de la personalidad.


Abstract The article calls into question Jung's assertion that ethics would be summed up in the relationship between man and God. Taking it as a problem, it seeks an articulation between the Jungian concepts for an answer of what is meant by ethics in this perspective. We outline a course that goes through the problems of moral opposites, the confrontation with the shadow, and finally, we approach the question that starts the research. In the end, we argue that such a relationship referred to by Jung is, in psychological terms, the relationship between the ego and the Self. Ethics would be in this system a response to that other supra-rational voice, "the voice of God," which, beyond the pure aesthetics of the image, combines conscious and unconscious; demands the entire personality.


Subject(s)
Ethics , Jungian Theory
18.
Junguiana ; 37(1): 21-72, jan.-jun. 2019. graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1020028

ABSTRACT

O artigo busca desenvolver uma conceituação de Antropologia Simbólica que possa perceber e estudar o Self Cultural a partir de quatro estruturas arquetípicas básicas: matriarcal, patriarcal, alteridade e cósmica, na sua transformação histórico-evolutiva da Consciência Individual e Coletiva por intermédio de símbolos estruturantes. Esta metodologia nos permite estudar a interação dos símbolos estruturantes de culturas diferentes nas sociedades pluriculturais em contexto dinâmico e igualitário. Esta perspectiva simbólica aplicada à História da Cultura Ocidental se destina a estudar a transição da dominância patriarcal para a alteridade por intermédio dos símbolos estruturantes do Mito Cristão. Simbolicamente, os 14 séculos de Inquisição são vistos reintensificando o dinamismo patriarcal a ponto de patriarcalizar o Mito Cristão, estabelecer a dicotomia Cristo-Diabo e levar à dissociação do Self Cultural no século XVIII, produzindo uma grave fixação cultural no desenvolvimento da alteridade no Ocidente daí em diante. São discutidos alguns aspectos dessa dissociação cultural e enfatizada a importância do conceito de Patologia Cultural e de resgate do dinamismo matriarcal ferido. ■


The article develops a concept of Symbolic Anthropology to study the Cultural Self based on four archetypal structures, matriarchal, patriarchal, alterity and cosmic as they historically contribute side by side to develop Individual and Collective Consciousness through structuring symbols. This method allows us to study the interaction of structuring symbols in multicultural societies in a dynamic and equalitarian context even though one culture is highly advanced technologically and the other has no written language. This symbolic perspective is also used to study the transition of our patriarchal Roman-Judaic tradition towards the alterity democratic pattern through the structuring symbols of the Christian Myth. Symbolically, the fourteen centuries of the Inquisition are seen as a reintensification of the patriarchal pattern to the point of patriarchalizing the Christian Myth, establishing the Christ-Devil dichotomy splitting the image of the Christian Godhead and culminating in a severe dissociation of the Cultural Self in the 18th century with an intense injury to the implantation of the alterity pattern which affects us greatly today in all cultural dimensions. The importance of the concept of Symbolic Anthropology and History is stressed to study phenomena such as Cultural Pathology, fixation and dissociation of the Cultural Self. The author stresses the importance of matriarchal dynamism functioning side by side with patriarchal dynamism for society to attain and exercise the alterity democratic pattern of Consciousness. The symbolic richness of Indian and Negro Cultures and the absence in them of a dissociation similar to the Christ-Devil dichotomy is also emphasized as their possibility to contribute to a healthier Cultural Self in our multi-cultural society. ■


El artículo busca desarrollar una conceptualización de Antropología Simbólica que pueda percibir y estudiar el Self Cultural a partir de cuatro estructuras arquetípicas básicas: matriarcal, patriarcal, alteridad y cósmica, en su transformación histórico-evolutiva de la Conciencia Individual y Colectiva por intermedio de símbolos estructurantes. Esta metodología nos permite estudiar la interacción de los símbolos estructurantes de culturas diferentes en las sociedades pluriculturales en contexto dinámico e igualitario. Esta perspectiva simbólica aplicada a la Historia de la Cultura Occidental está destinada a estudiar la transición de la dominancia patriarcal a la alteridad a través de los símbolos estructurantes del Mito Cristiano. Simbólicamente, los catorce siglos de Inquisición se ven nuevamente intensificando el dinamismo patriarcal a punto de patriarcalizar el Mito Cristiano, establecer la dicotomía Cristo-Diablo y llevar a la disociación del Self Cultural en el siglo XVIII, produciendo una grave fijación cultural en el desarrollo de la alteridad en Occidente de ahí en adelante. Se discuten algunos aspectos de esa disociación cultural y se enfatiza la importancia del concepto de Patología Cultural y de rescate del dinamismo matriarcal herido. ■

19.
Junguiana ; 37(1): 115-134, jan.-jun. 2019. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1020030

ABSTRACT

O autor analisa a unilateralidade da objetividade em detrimento da subjetividade no conhecimento científico. Contrariamente a muitos filósofos da ciência que situam esta unilateralidade como decorrente principalmente do próprio desenvolvimento científico, o autor a interpreta basicamente como uma dissociação patológica do Self Cultural do Ocidente ocorrida no final do século XVIII quando da separação ciência-religião. Apresentando sua teoria do desenvolvimento simbólico da consciência individual e coletiva por intermédio de quatro arquétipos principais (matriarcal, patriarcal, alteridade e totalidade), o autor caracteriza a prática do método científico por intermédio do arquétipo de alteridade. Descreve cinco posições básicas para qualquer elaboração simbólica (indiferenciada, insular, polarizada, dialética e contemplativa) e assinala que o cientista e a pesquisa científica podem percorrer todas estas cinco posições na relação sujeito-objeto. Demonstrando que o padrão de relação objetal Eu-Outro e Outro-Outro no padrão de alteridade é quaternário e que este padrão expressa a plenitude simbólica na inter-relação das polaridades durante o desenvolvimento da consciência, o autor propõe um método científico quaternário de relacionamento subjetivo-objetivo que denomina ciência simbólica e que relaciona significativamente o conhecimento objetivo e subjetivo. A seguir, o autor descreve a metodologia da ciência simbólica e a prática de uma pedagogia simbólica. Propõe também a releitura de ensinamentos de outras culturas e de pensadores do Ocidente antes da dissociação, para que, à luz da interação quaternária, seus símbolos possam ser reelaborados, resgatando muito do saber não compreendido devido ao emprego dissociado das polaridades subjetivo-objetivo. Concluindo, o autor assinala que esta dissociação no padrão de alteridade impede a elaboração quaternária simbólica plena e dificulta a compreensão de símbolos do Arquétipo da Totalidade no processo existencial, que prepara a consciência para a morte como vivência de transformação. ■


The author analyzes the unilaterality of objectivity to the detriment of subjectivity in scientific knowledge. Contrary to many philosophers of science who situate this sidedness as arising mainly from scientific development itself, the author basically interprets it as a pathological dissociation of the Cultural Self of the West, which occurred in the late eighteenth century at the time of the separation of science and religion. Presenting his theory of the symbolic development of individual and collective consciousness through four main archetypes (matriarchal, patriarchal, otherness and totality), the author characterizes the practice of scientific method through the archetype of otherness. He describes five basic positions for any symbolic elaboration (undifferentiated, insular, polarized, dialectical, and contemplative), and points out that scientist and scientific research can traverse all five positions in the subject-object relationship. Demonstrating that the pattern of object-relation I-Other and Other-Other in the pattern of otherness is quaternary and that this pattern expresses symbolic fullness in the interrelation of polarities during the development of consciousness, the author proposes a quaternary scientific method of subjective-objective relationship that denominates symbolic science and that relates significantly the objective and subjective knowledge. The author then describes the methodology of symbolic science and the practice of symbolic pedagogy. He also proposes a re-reading of teachings from other cultures and thinkers of the West prior to the dissociation so that, in the light of quaternary interaction, their symbols can be reworked, rescuing much of the knowledge not understood due to the dissociated employment of the subjective-objective polarities. In conclusion, the author points out that this dissociation in the pattern of alterity prevents the full symbolic quaternary elaboration and makes it difficult to understand symbols of the Archetype of Totality in the existential process, which prepares the consciousness for death as an experience of transformation. ■


El autor analiza la unilateralidad de la objetividad en detrimento de la subjetividad en el conocimiento científico. Contrariamente a muchos filósofos de la ciencia que sitúan esta unilateralidad como resultante principalmente del propio desarrollo científico, el autor la interpreta básicamente como una disociación patológica del Self Cultural de Occidente ocurrida a finales del siglo dieciocho cuando ocurrió la separación ciencia-religión. El autor caracteriza la práctica del método científico a través del arquetipo de alteridad, presentando su teoría del desarrollo simbólico de la conciencia individual y colectiva por medio de cuatro arquetipos principales (matriarcal, patriarcal, de alteridad y de totalidad), el autor caracteriza la práctica del método científico por intermedio del arquetipo de alteridad. Describe cinco posiciones básicas para cualquier elaboración simbólica (indiferenciada, insular, polarizada, dialéctica y contemplativa) y señala que el científico y la investigación científica pueden recorrer todas estas cinco posiciones en la relación sujeto-objeto. Lo que demuestra que el modelo de objeto relación Yo-Otro y Otro-Otro en el patrón de alteridad es cuaternario y que este patrón expresa la plenitud simbólica en la interacción de polaridades durante el desarrollo de la conciencia, el autor propone un método científico cuaternario de la relación subjetiva -objetiva que denomina ciencia simbólica y que relaciona significativamente el conocimiento objetivo y subjetivo. A continuación, el autor describe la metodología de la ciencia simbólica y la práctica de una pedagogía simbólica. También propone una nueva lectura de las enseñanzas de otras culturas y pensadores occidentales antes de la disociación, de modo que, a la luz de la interacción cuaternaria, sus símbolos puedan ser reelaborados, recuperando gran parte del conocimiento no comprendido debido al uso disociado de la polaridad sujeto-objeto. Concluyendo, el autor señala que esta disociación en el patrón de alteridad impide la elaboración cuaternaria simbólica plena y dificulta la comprensión de símbolos del Arquetipo de la Totalidad en el proceso existencial, que prepara la conciencia para la muerte como vivencia de transformación. ■

20.
Junguiana ; 37(1): 231-240, jan.-jun. 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1020037

ABSTRACT

Baseado na Psicologia Simbólica Junguiana, o autor interpreta o futebol como um poderoso sistema simbólico de alto valor pedagógico para estruturar a consciência individual e coletiva com o Arquétipo da Alteridade, que é o arquétipo da democracia. Esta capacidade estruturante do futebol constituiu-se num ritual coletivo de custo irrisório, capaz de elaborar coletivamente a agressividade, a competição, a ambição da vitória e, ao mesmo tempo, coordenar a função ética para absorver a frustração da derrota dentro da união amorosa de cada time. Segundo o autor, é a interação destas emoções, expressando exuberantemente o Arquétipo Matriarcal, que, subordinada às regras do Arquétipo Patriarcal, permite a vivência apaixonante dos arquétipos da Alteridade e da Totalidade. Para concluir, o autor afirma que diante do desequilíbrio cultural que afeta nossa sobrevivência planetária, o crescimento do futebol em todos os continentes, afirma sua raiz arquetípica num mito messiânico e se revela um exemplo de alteridade e de esperança.


Based on the theory of Jungian symbolic psychology, the author interprets football as a powerful structuring system with a high pedagogic potential to structure individual and collective consciousness with the alterity archetype. This structuring capacity of football became a collective ritual at practically no cost capable to elaborate creatively aggression, competition, and ambition to win and, at the same time, coordinate the ethical function to absorb the frustration of defeat within the affectionate union of the team. According to the author, the interaction of these emotions expressing exuberantly the matriarchal archetype with the rules coordinated by the patriarchal archetype leads the game to the passionate experience of the archetypes of alterity and of totality.


Basado en la Psicología Simbólica Junguiana, el autor interpreta el fútbol como un poderoso sistema simbólico de alto valor pedagógico para estructurar la conciencia individual y colectiva con el Arquetipo de la Alteridad, que es el arquetipo de la democracia. Esta capacidad estructurante del fútbol se constituyó en un ritual colectivo de costo irrisorio, capaz de elaborar colectivamente la agresividad, la competencia, la ambición de la victoria y, al mismo tiempo, coordinar la función ética para absorber la frustración de la derrota dentro de la unión amorosa de cada equipo. Según el autor, es la interacción de estas emociones, expresando exuberantemente el Arquetipo Matriarcal, que, subordinada a las reglas del Arquetipo Patriarcal, permite la vivencia apasionante de los arquetipos de la Alteridad y de la Totalidad. Para concluir, el autor afirma que ante el desequilibrio cultural que afecta nuestra supervivencia planetaria, el crecimiento del fútbol en todos los continentes, afirma su raíz arquetípica en un mito mesiánico y se revela un ejemplo de alteridad y de esperanza.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL